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Geofísica

Os métodos Geofísicos aplicados a prospecção mineral são: 
 

POLARIZAÇÃO INDUZIDA
Este método é o mais eficiente para localização de áreas com sulfetos disseminados. Em campo, percebe-se que nas proximidades dos veios de quartzo a disseminação de piritas é muito intensa, corroborando com a utilização deste método.
Os sulfetos funcionam como pequenos capacitores quando submetidos a uma corrente elétrica artificial de alta intensidade. Após o desligamento da corrente, estes pequenos capacitores produzem um potencial elétrico que é registrado no equipamento, o que possibilita a determinação do posicionamento dos mesmos.
Atualmente é o método geofísico com maior aplicabilidade e eficiência na determinação de depósitos auríferos (Ex., Figura 1).

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FIGURA 1 – Seções de cargabilidade com a determinação de uma zona aurífera (anomalia de cor rosa a avermelhada). Fonte: http://explorationgeophysics.info/?tag=gold

POTENCIAL ESPONTÂNEO
Neste método registram-se os potenciais elétricos naturais do subsolo. Em áreas mineralizadas, principalmente em áreas sulfetadas, as reações químicas (oxidação, redução, hidratação, dissolução, etc.) são mais intensas em função da liberação do enxofre pela água, o que produz o ácido sulfúrico e consequentemente a dissolução de outros minerais (feldspatos, micas, etc.). Estas trocas iônicas intensificam o potencial elétrico natural do subsolo registrado com o equipamento de potencial espontâneo.
Usado comumente para determinação de sulfetos maciços, todavia, em função da mineralização na região ocorrer principalmente em veios de quartzo com halos de sulfetos, a localização da mesma é susceptível a registro (Ex., Figura 2).

A

B

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Figura 2 – (a) Mapa geológico com a localização de depósitos de ouro em preto. (b) Mapa de potencial espontâneo, com as anomalias (cor violeta) dos depósitos de ouro. (Fonte: Goldie, M. 2002. Self-potentials associated with the Yanacocha high-sulfidation gold deposit in Peru. Geophysics, 67(3): 684-689)

GAMAESPECTROMETRIA
Neste método registram-se a radiação gama total proveniente de todos os radio elementos e também nos canais dos elementos urânio, tório e potássio. Este método tem uma boa correlação com as anomalias geoquímicas, visto que registra apenas a radiação proveniente do material mais superficial (até 60 cm de profundidade). A maioria dos depósitos auríferos associados a veios de quartzo hidrotermais possuem alta concentração de potássio, e dependendo do fluído ainda pode possuir urânio ou tório, assim a gamaespectrometria é um método atraente para a localização destes veios.

ELETRORRESISTIVIDADE
Método geofísico mais eficiente para determinar heterogeneidades laterais em camadas deformadas e mineralizadas (minérios não metálicos – calcário e fosfato). Obtém-se a resistividade elétrica do meio através do registro da corrente e do potencial elétricos artificiais. A profundidade de investigação depende principalmente da potencia das fontes de transmissão de corrente, mas comumente trabalha na profundidade média de 50 metros. 
A resistividade elétrica é sempre registrada em conjunto com os dados de polarização induzida. Visto que este último método é o mais eficiente para determinar mineralizações auríferas associadas com sulfetos, o método da eletrorresistividade é um resultado que auxilia na identificação de camadas geológicas, o que possibilita a melhor reconstrução do modelo geométrico dos corpos mineralizados (Figura 3).

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Figura 3 – Seção de resistividade elétrica (imagem superior) com anomalia condutora entre 260 a 340 metros. Seção de cargabilidade (imagem central) com anomalia entre 260 e 320 metros. Mapa geológico com a localização da linha geofísica (seta vermelha).

GPR – RADAR DE SOLO
Na aquisição de dados de GPR utiliza-se o equipamento SIR3000 acoplado a antenas blindadas de 400MHz. Este equipamento foi escolhido em função de sua alta resolução espacial e possibilitar investigar até a profundidade média de 10 metros em sedimentos com matriz arenosa (depósitos de areia e de cascalhos aluviais).
A seção abaixo mostra com bastante clareza as camadas de cascalho na margem direita do Rio Garças (Figura 04). Nesta seção nota-se uma camada contínua de cascalho ao longo de todo o perfil, a partir da profundidade de 1,5 metros, com espessura entre 2 a 7 metros, com locais que podem ter um maior potencial em função da geometria (posição entre 100 a 160 metros se assemelha a um paleocanal no embasamento). 

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Figura 04 .Seção de GPR realizada na margem esquerda do Garças. Área com a camada de cascalho potencialmente diamantífero interpretada.

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